terça-feira, 29 de novembro de 2016

EXPECTATIVAS / PREVENÇÃO:



A bulimia é uma doença com efeitos em longo prazo. Muitas pessoas ainda apresentarão alguns sintomas, mesmo com o tratamento. Pessoas com menos complicações médicas de bulimia e aquelas que têm vontade e podem participar da terapia têm uma chance maior de recuperação.
Apesar de não haver um meio 100% garantido de se prevenir a bulimia, é sempre possível tomar algumas atitudes como:
  • Cultivar sempre a ideia de um corpo saudável com os filhos, independentemente da silhueta ou do peso.
  • Conversar com o pediatra das crianças, pois ele pode notar desde cedo algumas indicações de distúrbios alimentares e as melhores maneiras de evitar que se desenvolvam.
  • Conversar com um médico se souber de algum parente da família que já teve ou tem algum tipo de distúrbio alimentar.
A pessoa pode aprender desde cedo a lidar com a doença e a impedir que o problema evolua causando situações mais graves.





POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES:



A bulimia pode ser perigosa e levar a complicações médicas graves ao longo do tempo. Por exemplo, os vômitos frequentes colocam ácido gástrico no esôfago (o tubo que liga a boca ao estômago), o que pode lesar permanentemente essa área.
Possíveis complicações da bulimia incluem:
  • Constipação;
  • Desidratação;
  • Cáries;
  • Desequilíbrios eletrolíticos;
  • Hemorroidas;
  • Pancreatites;
  • Inflamação na garganta
  • Rasgos no esôfago devido ao excesso de vômitos.


CONVIVEDO / PROGNÓSTICO:



Bulimia é uma doença de difícil recuperação, mas a cura é possível. Algumas recomendações devem ser levadas em conta pelo paciente durante o tratamento:
  • Seguir à risca as orientações do médico e o tratamento prescrito;
  • Seguir uma dieta saudável, devidamente orientada por um especialista;
  • Informar-se bastante sobre bulimia;
  • Frequentar grupos de apoio e saber das consequências que podem ser geradas;
  • Procurar ajuda médica em caso de recaída;
  • Ter paciência consigo mesmo;
  • Exercitar-se, mas com cautela.




MEDICAMENTOS UTILIZADOS:



Os medicamentos mais usados para o tratamento de bulimia são:
  • Daforin,
  • Fluoxetina.
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para cada caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento.
É fundamental seguir sempre à risca as orientações do médico e nunca tentar a automedicação.
O tratamento e o uso do medicamento não devem ser interrompidos, sem consultar previamente o médico responsável.

DIAGNÓSTICO / TRATAMENTO INDICADO:



Quando há suspeita de bulimia, o médico deverá realizar um exame físico completo do paciente em questão e pedir para que ele faça um exame de fezes e urina. É comum também que haja necessidade de avaliação psicológica do paciente, uma vez que bulimia é um distúrbio alimentar muitas vezes relacionado ao psicológico.
Pessoas com bulimia raramente vão ao hospital, exceto quando os ciclos de comportamento bulímico acarretam também em anorexia, ou quando forem necessários medicamentos para ajudar a interromper a purgação e, também, em casos em que depressão profunda estiver presente.
Com mais frequência, uma abordagem passo a passo é usada para pacientes com bulimia. O tratamento depende da gravidade da doença e a resposta dada pelo doente:
  • Grupos de apoio podem ser úteis para pacientes em condições estáveis, que não têm nenhum problema de saúde.
  • A terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a terapia nutricional são os melhores tratamentos para a bulimia que não responde a grupos de apoio
  • Antidepressivos geralmente são usados para bulimia.
Os pacientes com bulimia podem desistir dos programas se tiverem esperanças não realistas de serem "curados" somente com terapia.
Antes do início de um programa, deve-se esclarecer o seguinte:
  • Várias terapias provavelmente serão experimentadas até que o paciente possa superar esse distúrbio grave
  • É comum a bulimia retornar (recaída), mas isso não é motivo para desespero.
  • O processo é doloroso e exige um trabalho árduo por parte do paciente e de sua família.